quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

A BENÇÃO

Sempre que procurava por títulos da série Mitford, de Jan Karon,  o Google sempre retornava as irmãs Mitford.  Bem eu nunca ouvira falar (ou lera) sobre as tais irmãs, então óbvio que pulava todas as ocorrências e ia direto ao que interessava, ou quem sabe fazia uma nova busca. Além de dar uma leve torcidinha de bico, lógico.

Aí num primeiro de abril estava eu a circular pela Livraria Cultura em busca de um presente, quando vi  este A benção (de uma das tais irmãs) que me chamou a atenção. Primeiro o título, depois a capa. Comprei a partir do pouco que li ali: crítica de costumes e bem-humorado. E que grata surpresa!... Nada como o fino senso de humor inglês.  

Aliás  livro e primeiro de abril têm tudo a ver. Se você já leu sabe do que falo.

Sabe aqueles livros em que todo ele há sempre algo a te fazer sorrir, ou mesmo rir aqui e acolá? Pois então,  é o caso deste A benção de Nancy Mitford. 

Jamais imaginei ler uma história de amor (ou talvez um conto de fadas) às avessas, em que o filho do casal seria a verdadeira benção.

Gostei muito deste e por certo procurarei outros títulos da autora em leituras futuras. 

Uma leitura deliciosa. Meu livro está cheio de marcações seja de citações de outros autores, como Dumas, Frances Hodgson Burnett, Julio Verne, Shakespeare, Bacon, Brogan, Balzac, Mauriac, Tolstoi, Proust, James, Gide. Seja de frases que considerei espirituosas.  

A palavra é ironia.

Grifos:
Mas, agora a minha vida está mais chata que uma panqueca e é-me difícil de suportar.
Quem me aborrece são as pessoas, às vezes, nunca a vida.
Tens de ser mais sensata, minha querida. Queres que te dê um conselho, que é de tanta utilidade no amor como na guerra? Poupa as munições e dispara só quando vires o branco dos olhos dos inimigos.




Título: A benção
Autor: Nancy Mitford
Editora: Cotovia
Páginas: 252
Sinopse:  Não é só para a ama que é difícil a mudança para Paris, quando Grace e o seu pequeno filho Sigi, a bênção, podem finalmente juntar-se ao espampanante e cobiçado aristocrata Charles-Edouard, com quem Grace casou. Uma inglesa, ainda que aristocrata e bonita, está completamente fora de água numa sociedade chiquérrima e muito dada ao mexerico e ao pedigree, onde abundam mulheres impecavelmente vestidas, penteadas e perfumadas, educadas na conversa de salão e devotas do adultério, essa actividade tão eficaz contra o tédio da riqueza, e tão continental. Um mundo de contrastes maravilhoso, num romance que é Nancy Mitford vintage



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