sábado, 4 de outubro de 2014

O AMIGO FRITZ

Título: O Amigo Fritz 
Autores: Émile Erckmann e Alexandre Chatrian
Páginas: 227
Editora: Zero Papel 

Este é mais um daqueles livros que parecem tropeçar na gente e que bom que isto acontece vez por outra. Esta talvez tenha sido a leitura mais prazerosa dos livros lidos este ano, pelo menos até o momento. Decerto, que gostei bastante de Adeus, Mr Chips, aliás gostei muito, muito. Mas, Mr Chips é um livro mais melancólico, nostálgico. E este é  um livro leve, gostoso, como um primeiro amor. 

Bem, a narrativa dos dois autores foi para mim deliciosa (será que eu já disse isto?), se em dados momentos dei boas risadas em outros senti puro deleite.  E que bom que descubro que o livro serve para o Desafio das Divas. A simples história de amor de um solteirão por uma jovem camponesa, traz luz à temas como envelhecimento, amizade, religiosidade, caridade e pasmem até uma discussão sobre o malefícios da cerveja e do sedentarismo, contrapondo com os benefícios do vinho, e isto em um livro do século XIX.

Não creio que aqueles que estejam em busca livros mais dinâmicos e repletos de sangue, mistério e coisa que o valha, ou então paixões avassaladoras carregadas de erotismo, gostarão deste livro, não encontrarão nada disto aqui. Melhor procurar outra coisa.  Mas, se você procura um livro delicioso,  numa paisagem bucólica e que pode deixar-te com um riso nos lábios em quase todo o caminho, este livro é pra você. 

Grifos:
« Estas palavras «boda», «casamento», «rapaz» zumbiam aos ouvidos de Fritz.
Teria dado todos os vinhos de França e da Alemanha para dançar ainda outra vez o treieleim.
Nas festas de aldeia, cantava-se, dançava-se, atirava-se ao alvo, mudava-se de ares; também os nossos antepassados viviam cem anos; tinham as orelhas vermelhas e não conheciam as enfermidades da velhice. Que pena que todas essas festas estejam abandonadas!
Há gente tão maldosa, e sobretudo as velhas, que tanto se inquietam com o que lhes não diz respeito!

Sinopse:
Fritz Kobus leva uma tranquila e despreocupada vida de solteiro rico. O seu ideal é passar o tempo a cuidar da sua bem recheada adega, a divertir-se com os amigos solteiros nas cervejarias da cidade e a provocar o velho rabino com as suas ideias materialistas. Fritz recusa peremptoriamente a ideia de se vir a casar e por essa via «perder a sua liberdade». Mas poderá ele resistir aos ternos olhos das raparigas que na sua vida se cruzam?...

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