Título: Alberto Savarus, in A comédia Humana vol 2
Autor: Honoré de Balzac
Editora: Biblioteca Azul
Ano: 2013
O mês das Guerras e Revoluções não começou muito bem, primeiro foi a dificuldade para escolher o livro. Tive que recorrer aos universitários: pedi sugestões à Diva Cissa que entre outros recomendou-me ou já exaustivamente citado O tempo entre costuras, que ao que parece todo mundo gostou menos eu, visto que tem sido uma leitura cheia de altos e baixos, ora flui, ora não. E agora interrompida/interceptada por leituras quiçá mais interessantes.
Então vamos a este Alberto Savarus:E como cheguei a este livro? Maluca que sou, que mal dou conta de um Desafio, resolvo participar de dois, e ainda tem um fórum. Então como já falei que este é o mês dos clássicos e o fórum é uma leitura compartilhada dos livros dA comédia Humana do Balzac, e eis que resolvo transformá-lo em um livro para o DL, afinal Balzac é mais que clássico, ou não? Mas Deus é pai, e protege os inocentes, assim me manda um livro clássico, que tem como pano de fundo Guerras e Revoluções. [uhuuu].
Então, este Alberto Savarus é tudo...
E enfim pego um livro do Balzac que tem uma história mais a seu estilo, com uma carga dramática maior e personagens mais típicos da Comédia Humana. Pena não lembrar de todas as coisas que vou pensando enquanto leio, o que me faz lembrar mais uma vez que devo deixar um bloquinho por perto, quase nunca faço isto... :(
Interessante Balzac inserir uma novela dentro de sua própria novela, e paradoxalmente o autor não quebra o ritmo da narrativa, o fato me fez lembrar de alguma maneira de Se um viajante em uma noite de inverno. E o capítulo O QUE O DIABO PODE FAZER DE ESTRAGOS EM QUINZE DIAS NUMA MOÇA DE DEZOITO ANOS tem um título bem sugestivo.
Algumas considerações:
1. O livro me fez pensar nas filhas de Pons.
2. Tem um estilo mais dramático e o Balzac consegue delinear melhor cada personagem do que nos livros do autor recentemente lidos por mim.
3. Não é um livro engraçado, mas aqui e ali tem suas ironias que nos levam ao riso.
4. Há trechos sobre política bem interessantes.
5. Concordo com o Rónai é um livro mais sobre Rosália, do que sobre Alberto.
6. Parece que este será um mês balzaquiano...
Grifos:
Tudo o que está feito, pode-se desfazer. Não baseie sua fortuna e planos na vontade de uma mulher, do mesmo modo que um homem prudente não deve contar com os sapatos de um morto para se pôr a caminho.
Triunfo rejuvenesce os homens.
Em todos os tempos, a França e a Inglaterra têm feito uma troca de futilidades, tanto mais seguida porque escapa à tirania das alfândegas. A moda que em Paris chamamos inglesa é em Londres francesa, e reciprocamente. A inimizade dos dois povos cessa em dois pontos: na questão das palavras e na do vestuário.
As anquinhas trazidas por uma inglesa para Paris, foram inventadas em Londres, conhece-se o motivo, por uma francesa, a famosa duquesa de Portsmouth; começaram a provocar tal zombaria que a primeira inglesa que assim apareceu nas Tulherias escapou de ser esmagada pela multidão, mas as anquinhas foram adotadas.
Quando uma tolice diverte Paris, que devora tanto obras-primas quanto tolices, é difícil que a província dela se prive.
Alberto teria imitado alguns escritores modernos, que, por falta de espírito inventivo, contam as suas próprias alegrias, as suas próprias dores.
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