Título: O Amigo Fritz Autores: Émile Erckmann e Alexandre Chatrian Páginas: 227 Editora: Zero Papel Este é mais um daqueles livros que parecem tropeçar na gente e que bom que isto acontece vez por outra. Esta talvez tenha sido a leitura mais prazerosa dos livros lidos este ano, pelo menos até o momento. Decerto, que gostei bastante de Adeus, Mr Chips, aliás gostei muito, muito. Mas, Mr Chips é um livro mais melancólico, nostálgico. E este é um livro leve, gostoso, como um primeiro amor. Bem, a narrativa dos dois autores foi para mim deliciosa (será que eu já disse isto?), se em dados momentos dei boas risadas em outros senti puro deleite. E que bom que descubro que o livro serve para o Desafio das Divas. A simples história de amor de um solteirão por uma jovem camponesa, traz luz à temas como envelhecimento, amizade, religiosidade, caridade e pasmem até uma discussão sobre o malefícios da cerveja e do sedentarismo, contrapondo com os benefícios do vinho, e isto em um livro do século XIX. Não creio que aqueles que estejam em busca livros mais dinâmicos e repletos de sangue, mistério e coisa que o valha, ou então paixões avassaladoras carregadas de erotismo, gostarão deste livro, não encontrarão nada disto aqui. Melhor procurar outra coisa. Mas, se você procura um livro delicioso, numa paisagem bucólica e que pode deixar-te com um riso nos lábios em quase todo o caminho, este livro é pra você. Grifos:
« Estas palavras «boda», «casamento», «rapaz» zumbiam aos ouvidos de Fritz.
Teria dado todos os vinhos de França e da Alemanha para dançar ainda outra vez o treieleim.
Nas festas de aldeia, cantava-se, dançava-se, atirava-se ao alvo, mudava-se de ares; também os nossos antepassados viviam cem anos; tinham as orelhas vermelhas e não conheciam as enfermidades da velhice. Que pena que todas essas festas estejam abandonadas!
Há gente tão maldosa, e sobretudo as velhas, que tanto se inquietam com o que lhes não diz respeito!
Sinopse: Fritz Kobus leva uma tranquila e despreocupada vida de solteiro rico. O seu ideal é passar o tempo a cuidar da sua bem recheada adega, a divertir-se com os amigos solteiros nas cervejarias da cidade e a provocar o velho rabino com as suas ideias materialistas. Fritz recusa peremptoriamente a ideia de se vir a casar e por essa via «perder a sua liberdade». Mas poderá ele resistir aos ternos olhos das raparigas que na sua vida se cruzam?...
Título: Fahrenheit 451 Autor: Ray Bradbury Páginas: 256 Editora: Globo Livros famosos e/ou emblemáticos e eu raramente nos entendemos, e não foi diferente com este..., no sei se por excesso de expectativa ou por tender a gostar de livros obscuros (pouco conhecidos) e este aqui que é pra lá de famoso (virou até filme) não me pegou de modo algum como costumo dizer. O certo é que levei mais tempo do que pensei e do que gostaria para ler um livro tão pequeno e por vezes me peguei contando quantas páginas faltavam para chegar ao final. Talvez porque não goste muito, ou nada, de ficção científica. Para mim passou a impressão de que passar a ideologia era mais importante do que me contar uma boa história. Gosto quando o autor consegue fazer as duas coisas...
Contraditoriamente foi um livro com muitos grifos, vai entender... Alguns trechos me fez lembrar de A revolução dos bichos, mas gosto mais do livro do Orwell do que deste. Embora a leitura não tenha sido puro sofrimento, creio que preferiria ler alguma outra coisa, naquele momento. De todo modo consegui vencer dois temas dos desafios: Livro que virou filme (Divas) e Ficção/Distopias no Skoob. Grifos Fui um completo idiota
Segunda-feira, Millay; Quarta-feira, Whitman; sexta-feira, Faulkner. Reduza os livros às cinzas e depois queime as cinzas. Este é o nosso slogan oficial.
Exite gente demais, pensou. Somos bilhões e isso é excessivo. Ninguém conhece ninguém.
Ninguém tem mais tempo para ninguém.
Você já notou como as pessoas se machucam entre si hoje em dia? Sinopse: A obra de Bradbury descreve um governo totalitário, num futuro incerto mas próximo, que proíbe qualquer livro ou tipo de leitura, prevendo que o povo possa ficar instruído e se rebelar contra o status quo. Tudo é controlado e as pessoas só têm conhecimento dos fatos por aparelhos de TVs instaladas em suas casas ou em praças ao ar livre. O livro conta a história de Guy Montag, que no início tem prazer com sua profissão de bombeiro, cuja função nessa sociedade imune a incêndios é queimar livros e tudo que diga respeito à leitura. Quando Montag conhece Clarisse McClellan, uma menina de dezesseis anos que reflete sobre o mundo à sua volta e que o instiga a fazer o mesmo, ele percebe o quanto tem sido infeliz no seu relacionamento com a esposa, Mildred. Ele passa a se sentir incomodado com sua profissão e descontente com a autoridade e com os cidadãos. A partir daí, o protagonista tenta mudar a sociedade e encontrar sua felicidade.